O jeito fácil de começar com o GitHub
Todos desenvolvedores já precisaram organizar o seu código fonte. É uma parte importante do processo de desenvolvimento e sem a organização, imagine a loucura no momento de corrigir um bug ou a simples análise de alterações? Sem uma política de versionamento clara, muito trabalho pode ter sido jogado fora e horas desenvolvimento desperdiçadas.
Não é algo que todos gostam de fazer, mas documentação e controle de versões é indispensável para um bom projeto, ainda mais quando lidamos com ambientes de colaboração, equipes distintas ou localização. Nesses cenários, um simples projeto pode se tornar uma verdadeira tragédia grega e acabar em desastre. Organização é fundamental.
Se os mais conservadores ainda utilizam meios “próprios”, atualmente existem ferramentas focadas na árdua tarefa de facilitar a nossa vida. A principal ferramenta, é o git, desenvolvido pelo criador do kernel Linux, Linus Torvalds. A ferramenta é de uso simplificado e adotada amplamente, inclusive no desenvolvimento do Sistema Operacional Windows 10.
Git não é apenas o GitHub
Bom, acredito que muitos sabem que o GitHub não é a única opção de repositório, mas é a mais conhecida e difundida. Muitos projetos Open Source são hospedados e versionados na plataforma. No caso de projetos de código aberto, o serviço funciona de forma gratuita, permitindo a adição de funções expecíficas na modalidade paga. Para a maioria dos usuários, a versão gratuita é mais do que suficiente.
O GitHub utiliza o Git para manipulação dos repositórios e controle de versões. Mas esse uso não é exclusividade do GitHub e o Git independe da plataforma, sendo utilizado inclusive, para os mais aventureiros, de forma local e offline ou com qualquer outro meio desejado. Sendo assim, aprendendo o uso básico do GitHub vai funcionar como uma introdução ao Git de um modo geral.
Começando
A primeira coisa a se fazer, é obviamente criar um usuario no GitHub acessando este link. Após isso, estamos aptos para se aventurar na infinidade de projetos de código, documentação, localização e o que mais a criatividade permitir. Como exemplo, utilizando um ambiente GNU/Linux, vamos instalar o Git no Fedora 26 e clonar um repositório com formatos editaveis de arquivos do GIMP.
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Instalando:
sudo dnf install git
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Clonando nosso primeiro projeto
git clone "https://github.com/tchelinuxorg/recursos-grafico.git"
Depois disso, temos a pasta recursos-graficos com todos os arquivos e códigos presentes no repositório.
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Configurando nosso git
Agora que já temos os arquivos locais, já podemos editar e quem sabe submeter nosso primeiro commit, certo? Sim, mas antes precisamos configurar alguns detalhes.
O primeiro é nosso .gitconfig, que deve conter pelo menos o usuário e e-mail da nossa conta. Para adicionar essas informações basta digitar o seguinte:
3.1: O usuário do GitHub:
git config --global user.name SEU USUÁRIO AQUI
3.2: O e-mail cadastrado:
git config --global user.email SEU E-MAIL AQUI
Essas alterações foram salvas no diretório /home/SEUUSUARIO/.gitconfig e podem ser visualizadas com o comando:
cat ~/.gitconfig
Criando um fork do projeto
Bom, já sabemos como clonar, mas e como submeter as alterações realizadas?
Quando se trata de projetos abertos, existem pelo menos duas opções de submissão de alterações. A mais simples é através de forks e a outra é fazendo parte da equipe do repositório.
Nesse primeiro artigo, vamos ver como criar um fork utilizando a interface do site GitHub:
Quando criamos um fork, estamos copiando o estado de desenvolvimento de um projeto em um repositório novo, sob nosso usuário. E com o fork pronto, precisamos realizar o clone novamente, agora em uma nova pasta:
git clone "https://github.com/seuusuario/recursos-graficos.git"
Agora temos total liberdade de alterações do projeto em nosso repositório. Sabendo disso, vamos para o próximo passo e realizar nosso primeiro commit.
Nosso primeiro commit
Digamos que realizamos alguma alteração no arquivo README.md, ou adicionamos um novo arquivo. Para informar o Git a nossa alteração, precisamos digitar o comando add da seguite forma:
git add .
Uma vez completo, precisamos realizar o commit, informando nossas alterações, da seguinte forma:
git commit -m "Alteração do arquivo README.md e adição de novo arquivo"
Para finalizar e enviar os arquivos para o servidor, basta finalizar com o seguinte comando:
git push
Será solicitado seu usuário e senha do GitHub.
O pull request
Agora que corrigimos o arquivo README.md, desejamos informar ao desenvolvedor esta correção. Para tal, utilizamos o recurso chamado de “Pull Request”. Isso quer dizer que solicitamos ao administrador do repositório uma alteração de um arquivo do projeto inicial, cabendo à ele aceitar ou não nossa submissão.
Para realizar nosso pull request, vamos utilizar novamente a interface web do GitHub:
Conclusões finais
Esse é só o começo e muitas outras opções estão disponiveis para a utilização do GitHub. No próximo artigo vamos abordar o conceito de branch.
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